quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Roses...

     Se algum dia eu registasse as dores que vivi, espinhos que colhi...
O mundo continuaria a girar trazendo a noite e o dia, as mesmas emoções sentidas permeariam , sob medida, as imutáveis estações elegantes ou mal vestidas.
As mesmas esperanças no amanhecer, mesmos pedidos de novas oportunidades, recomeçar ou renascer...
Mesma nostalgia ao entardecer, se poesia eu quisesse escrever alguns realces poderiam surgir, novas nuances a se expandir pressionando o sorriso a marcar o papel...
Se eu chorasse, se eu gritasse ou implorasse... Não faria diferença ao mundo... 
Só quem sentiu na carne, o espinho, sabe expressar a beleza de uma flor... Só quem pisou as pedras do caminho sabe que ao chegar, supera a dor... Só quem molhou a terra de suor sente na chuva, gotas de frescura... Só quem se perdeu no breu da escuridão, vê, mais intenso, das estrelas, o clarão... Só quem viveu o rigoroso inverno consegue ver de perto a primavera... Só quem sobreviveu a um fracasso
sabe do calor de um abraço... Só quem soube realmente perdoar revela sua capacidade de amar... Só quem faz de seus sonhos, poesia, sabe que tem asas para voar...Só quem sofreu a dor de uma partida sabe que apesar da dor, é lei da vida... Só quem sentiu o fogo do inferno sabe da felicidade de se alcançar o céu...
Num dos dias que compõem a minha vida... 
Ao andar sem destino pelos bosques do meu viver...
Sem rumo, sem nada pensar ou sonhar, encontrei um galho seco de uma linda roseira....
Parei, olhei e sonhei com ela.
Passei momentos, talvez horas de admiração... Querendo sentir seu passado...
Os eternos momentos de pura solidão e de tristeza que ela passou...
Como também seus momentos de grande reinado...
Onde era única pelo seu perfume inconfundível mui envolvente, seduzindo e levando a um gostoso sonhar....
Nos seus espinhos vi o difícil acesso a lhe tocar.
Vi a dificuldade de poder te-la ou possuí-la...
Dentro de mim, ficava aquela vontade louca de poder tocá-la, acariciá-la e me embriagar no seu especial perfume do amar.
Mas num momento, talvez de pura inlucidez ou de profunda loucura...
Tomei a decisão de saciar minha paixão e profundo desejo de possuí-la...
Então resolvi levar aquele pequeno galho seco cheio de espinhos para meu lar...
Passei todo um interminável inverno a cultivá-la e amá-la...
Uma certa manhã pude ver uma pequena folha que dava seu ar de vida em pleno verão....
Os dias de amor e paixão eram regados com meus mais puros sentimentos ...
Certa noite de primavera ao deitar, pude encher meus olhos de lágrimas
ao ver um mui pequeno botão a se dilatar ..
A noite foi de sonhos...
Uma angustiante ansiedade tomou conta do meu ser na espera do amanhecer...
Aos primeiros raios do dia pude sentir uma mui gostosa sensação
no meu íntimo que era o amor!
Algo devassador que ardeu em meu peito e encheu meu coração de paixão...
A primavera chegava e com ela os botões e outros galhos,
cheios de folhas e lindas flores que me fizeram um eterno amar...
Suas raízes profundas enraizaram-se no meu ser...
Sabe, hoje depois de tantos verões...
Loucos invernos, sem falar das primaveras que fizeram um eterno amar...
Agora posso dizer-te :
És meu botão de rosa...
Minha mui especial flor...
O meu mais profundo inspirar...
Meu eterno desejar...
Com teu perfume fazes o desabrochar da minha paixão em eternos poemas de amor...
Nos meus versejares de paixão o meu realizar...
Limito-me ao teu perfume que me faz sonhar e delirar...
Nas carícias de tuas pétalas um mui especial e louco apaixonar...
Mesmo sabendo da dor dos teus espinhos, não consigo e nem quero de ti me afastar ...
Pois és o meu eterno e mui gostoso amar...



P.S. Carpe Diem

Sem comentários:

Enviar um comentário