quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Portugal!!!

Portugal!!! 

Eu me cobri do frio, só por mais algum momento,
Como as águas de um rio, nadei o nada do meu pensamento,
Encontrei a mim mesmo, preso em cela aberta,
Onde a noite se desperta, uma alma se inquieta, foi lá que fui parar.
Onde o dia é a noite, onde o sangue é a água,
O vinho nada é, onde dormem os poetas,
A chuva é de lágrimas, o céu não tem estrelas,
Atadas são as mãos e os pés.
Descobri que tudo passa, como o vinho de uma taça,
Tudo é muito ligeiro, um beijo que embaraça,
Termina na dor de uma ressaca, uma vida que fracassa,
Tudo aqui passa ligeiro.
Vou fazer o quê? se nasci sem dom?
Como disse o Narrador,
Não necessito ser bom,
Nem tentar me destacar,
Vou ignorar a dor,
Sem tentar magoar,
Vou me fingindo de actor,
Vou brincando de rimar,
Vou fingindo de artista,
Vou sendo ridiculamente escritor.
E como não?
E como não direi, que somos todos loucos?
Psicopatas, que nos matamos aos poucos.
Pois não vivemos, só para não deixar viver,
Pois não queremos, só para não ceder.
Matamos quem amamos,
Amamos quem nos mata,
Compramos quem gostamos,
Gostamos de quem nos paga.
Somos frágeis e meros mortais,
Por isso fingimos ser os tais.
Por isso Yo soy português,
"E não desisto nunca",
Mas prefiro evitar a fadiga,
Eu prefiro nem encarar,
Assim não tenho motivo para chorar.
Tudo está certo,
Só porque tudo está errado,
Isso só é mentira,
Por que tenho a verdade em meu atestado,
Que foi assinado,
Carimbado,
E protocolado,
Pelo juiz que aceitou meros trocados.
A vida não precisa de lógica,
Nem porem e nem porque,
Só é preciso viver... 



p.s. Carpe Diem

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