segunda-feira, 14 de maio de 2012

Caminho, Meu Mestre... Meu Pergaminho de Vida!!!



O que é um caminho? Muito bem, antes de mais tive o cuidado e a curiosidade de pegar em um dicionário e procurar o significado "mais correcto"... e o resultado foi:

"Caminho :  Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar. 2. Estrada, atalho, vereda. 3. Espaço que se percorre. 4. Direcção. 5. Meio, via. 6. Destino. 7. [Náutica] Rumo."
Caricato não é? Porque a maior parte das definições, são palavras que usamos no dia-a-dia mas que no entanto  não associamos a origem... talvez porque a maioria esteja demasiado ocupada com a felicidade do destino, ou a da direcção, mais o certo é que ninguém começa uma casa pelo telhado e esquece-se da maior aventura que é a vida...  pequenas coisas encontrarás enquanto caminhas, mas só te farão feliz se tu deixares, que não as ignorares... Felicidade é uma viagem não um destino, para ser feliz lembra-te de sorrir sempre... Não há hora! Lugar ou local para ser feliz... Começa a aloja-la dentro de ti mesmo... Ela faz de ti uma morada sem fim... A felicidade é o caminho! Não ao fim... A Felicidade é como a uma boa bebida de sorrisos em harmonia... Quando essa bebida de felicidade começa fazer efeito ele inicia com o que há dentro de ti mesmo e faz explodir toda harmonia... E uma musica na dose certa com toque de felicidade extrema... E faz-te superar obstáculos e ver que eles foram feitos para determinar como podes ser um humano forte e superar e ser sempre mais feliz que antes... A felicidade e o caminho não só o desafio a ser buscado... São inúmeros os caminhos.
Caminhos de flores, caminhos de pedras, salpicados de estrelas, ou simplesmente caminhos...
Eu próprio sou um caminho... Onde pessoas passam a todo o instante.. sou longo para alguns, tortuoso para outros, sou de terra batida, sou asfalto que reluz o sol, sou coberto de pedra e pó, mas sou um caminho... Posso tornar-me coberto de flores, que abafam os passos, ou simplesmente ser cheio de espinhos para dificultar o caminhar, sou um caminho que leva e trás saudades e alegrias, sou um palco por onde passam sonhos e fantasias... sou um caminho regado por lágrimas, ou iluminado por sorrisos percorridos pela esperança, pelo desejo, pela vontade, pessoas infelizes procuram a felicidade e conforto encontrar, amigos transitam tranquilos e em paz, cada passo nesse caminho, conduz a um novo destino.
Nas pedras do caminho está a aprendizagem, o entendimento da viagem... Fui pisando, ferindo meus frágeis pés, mas fui admirando a paisagem... fui cantando ou dançando à chuva, porque pelas estradas da vida eu segui sempre amando a vida, vivendo... 
Pela estrada da vida fui observando... O rio... O dia frio... O vento... O calor... As estrelas... A lua... A rua... Fui observando o riso de uma criança... Um macaquinho a saltar... Fui olhando... Vi uma linda rosa... Um jardim... Um parque destruído... Vi um castelo sendo levantado...Vi um castelo desmontado... Vi o que foi-me dado... O que foi-me tirado... Vi tanta coisa... E vi-me caminhando... Uma entre milhões e milhões de pessoas deste mundo... Pensei: O que faço aqui? Um dia, do nada, eu descobri... Eu vim cobrir de palavras os espaços vazios, talvez eu torne mais quente os dias frios. Sei que sou apenas um aprendiz de poeta. Um sonhador... Imagino um mundo melhor e escrevo-o... Em tantas linhas e versos, consigo talvez criar outros espaços... outros universos... Faz da tua vida uma verdadeira Arte!!! 
A arte é um caminho. Para muitos, pode ser um caminho apenas de prazer, um entretenimento. E de facto é um prazer fazer arte, mas esse carácter estará sempre na razão directa da pretensão e do grau de envolvimento, e portanto, do carácter do artista. A partir do momento em que ele estabelecer objectivos específicos para si e para a sua arte, havendo um envolvimento consistente, tais objetivos poderão tornar-se uma prioridade cada vez maior. Colocada dessa forma, a idéia pode parecer antipática para muitas pessoas. Porém é necessário levar em conta um aspecto irrecusável: Na arte, como em outros campos da vida, pode ser muito importante o mérito da autoria. Ou seja, pode ser imprescindível que nos sintamos no pleno direito de considerar determinado resultado como nosso, fruto do nosso esforço e discernimento, do nosso talento pessoal, produto autêntico da nossa alma, principal referência de auto-identificação... sê autentico a ti mesmo... 
O que um caminho tem de mais importante, seria a conquista final? Ou o somatório das muitas pequenas conquistas secundárias? A resposta mais evidente e sensata (ambas as coisas) é a mais difícil de ser realizada. Entretanto, e tratando-se de arte, de certa forma é quase sempre o que acaba por acontecer. Vou explicar... na arte, os grandes objectivos importam em longos percursos da alma do artista, o rumo se desloca várias vezes durante o trajecto e perde-se o sentido de atingir exactamente o ponto ansiado no início, já que surgem outros, alternativos e igualmente sedutores, no imenso horizonte das concepções. Quanto às conquistas secundárias, são na verdade o dia-a-dia do artista, seu verdadeiro prazer. É como disse uma vez Pablo Picasso: “O artista não pode esgotar completamente sua pintura. No dia em que isso acontecer, morrerão o artista e a sua arte”. ... o que se apenas ficares à espera da grande felicidade, vais perder os pequenos grandes momentos de real importância, enquanto esperas por algo subjectivo... 
Precisei viver muito (mas ainda tenho imenso pela frente), cair e levantar muitas vezes, para legitimar no meu silêncio a simples impressão de que tudo valeu a pena, por ter aprendido diversas coisas. Há uns anos atrás, li sobre o conceito cabalístico de amor. Achei que era uma coisa muito bonita, mas impossível de se conseguir. Parecia um paradoxo existencial insolúvel, porque parece pressupor o sacrifício da individualidade própria e sem ela, ainda que consigamos pisar no horizonte, não poderia haver nisso um mérito nosso, já que não terá sido uma obra nossa. Guardei o conceito com carinho numa das últimas gavetas da alma... Alguns anos se sucederam e através deles uma aparentemente infindável sucessão de sabores e dissabores, que deixavam uma coisa cada vez mais clara e incontestável na minha alma obstinada e pertinente: as melhores coisas que tinha conquistado não eram aquelas pelas quais me dispusera a tantos sacrifícios, não era a montanha, mas sim as que em algum momento pareceram-me uma pedra suficientemente firme, para enterrar o cravo e continuar a escalada. E isso foi verdadeiro em literalmente tudo. Sabia exactamente o que queria e, quase sempre, soube encontrar meios de prosseguir. Mas não sabia o mais essencial. Não sabia que nossas ambições são como uma miragem. Ainda que sejam alcançadas, podem durar bem pouco nas nossas mãos. Mesmo porque logo precisaremos desesperadamente de um novo objectivo. Precisaremos fazer isso, ou teremos a impressão de que todo o universo, em seu legítimo direito de prosseguir, está atropelar-nos lenta e minuciosamente. Talvez possamos parar para comemorar uma conquista, ou nenhuma conquista, como as pessoas mais frequentemente fazem, e assim exercer auto-estima, e simplesmente não querer mais nada. Porém não podemos interromper a sucessibilidade das coisas, ou a transitoriedade de tudo, o equilíbrio do universo... 
Como não podemos assumir nenhum dos extremos do paradoxo, ou seja, não podemos ser Deus nem tão pouco um inútil grão de areia, a solução está necessariamente no meio do caminho entre um e outro. Não é como encontrar uma agulha no palheiro, ou um determinado grão na praia, é muito mais difícil que isso!!!
Diversas vezes, por minha própria experiência, tenho a impressão de que posso propor uma solução... Redistribuir o feixe, contemplando mais as pequenas coisas do caminho, que estão sempre tão perto de nós, nem tanto no horizonte, em cuja distância o foco talvez se perca irremediavelmente... Não é fácil, concordo, mas deve ser uma espécie de aliança profunda. Sim, uma aliança porque assim daremos ao universo a oportunidade de participar muito mais proveitosa-mente das nossas conquistas, de nos oferecer alternativas, enquanto damos a nós mesmos a oportunidade de exercer mais legitimamente o nosso livre-arbítrio. Mas neste aspecto é preciso atenção, não te deixes iludir pelo possível conceito vulgar e tão divulgado... O tal livre-arbítrio, instituição criada a partir textos inspirados, não pode ser o direito absurdo de fazermos o que bem entendermos. Crer nisso seria subestimar a inteligência da Natureza, depois de super-estimar a nossa. 
Vê isso de outra forma, supõe que dizes um dia a um filho teu que parasse de brincar para fazer os trabalhos de casa. As crianças nunca têm pressa para aprender. Na verdade, ao fazer seus exercícios, querem mais se livrar da obrigação do que aprender o que os adultos pensam ser necessário. Então, se tu lhe desses uma repreensão, certamente ele faria os seus exercícios e alguma coisa sobre a matéria haveria de fixar na mente, além da repreensão, claro. Mas tenho a mais cristalina convicção de que tu sentirias-te um pai/mãe muito melhor, se ele resolvesse fazer os trabalhos e aprender por conta própria! Sem precisar de qualquer penalidade. A evolução dele e a sua satisfação seriam muito mais legítimos. Pois aí está, para mim, o sentido verdadeiro do livre-arbítrio, dentro dos limites da mente humana. Então, porque resolvemos criar nossos próprios objectivos e expectativas. Porque Deus, que não pode ser um pai menor do que qualquer ser humano, prefere não nos arrastar para casa pelos cabelos. Na verdade não se trata de uma liberdade, mas da oportunidade de escolher bem e com responsabilidade.
Partindo disto, tenho uma proposta simples, focamos o horizonte apenas para que tenhamos uma referência de direcção, depois criamos focos nas pequenas coisas que estão em nós, à nossa volta, entre nós e na mesma direcção que escolhemos. Sem perceber, estaremos abrindo mão de uma parte do nosso ego cabalístico, aquele que quer satisfazer a si próprio, entretanto, também estaremos a sintonizar a energia cósmica, que quer satisfazer todas as criaturas, humanas ou não, que possa escolher, segundo as preferências de cada uma...
Caminha no espaço infinito,
Toca nas estrelas
Nas asas do pensamento,
Solto o tempo e imprimo o vento,
Destino de dois seres criados!...
São caminhos cruzados!...
Por vezes suaves tapetes de relva que amaciam o passo,
Por outras vezes são pedras que dificultam a caminhada!
Por eles, lado a lado, caminham homem e mulher
Seres tão distintos, tão diferentes 
Mas tão compatíveis como uma imagem no espelho
Um caminho a percorrer
Um caminho a conquistar
Um destino a se fazer
Um amor a se perpetuar
Um caminho para viver
Um caminho para sonhar
Enfrentam as mesmas dificuldades,
Experimentam as mesmas lutas e sofrimentos,
A angústia de não poder ver
O que está atrás da próxima curva!
Em ambos os corações o desejo de vencer obstáculos,
Descobrir o caminho certo!
E quando percebem que juntos se tornam mais fortes,
Compreendem que um completa o outro
E que unidos podem construir um caminho mais suave
Deixando a caminhada mais leve!!!
O caminho do querer
O caminho do amar
Apenas um único caminho...
Mantenham-se a respirar!!!

O que mais importa é que se exerças a vida, a alma, que se ames e que cresças. A alma é o maior objectivo, o amor é o meio mais eficiente, e o caminho, quanto mais escuro mais guarda estrelas... É o mestre!!! Não existe maior luz do que aquela de quando vens de uma escuridão... e mesmo que durante o teu caminho te sentires perdido!!! Pensa que os atalhos só são criados nessa altura, e nada mais do que são do que formas mais rápidas de chegares ao destino e onde viverás algo que jamais pensas-te ser possível... Fica atento e ama a vida e segue o tem caminho!!!   



p.s. Carpe Diem 










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